MESA 2 | 2º seminário em defesa da educação pública, gratuita e para todos

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“Como lutar pela educação pública, gratuita e universal construindo uma direção revolucionária na educação”

O camarada Luiz Devegilli expôs como lutar pela educação pública, gratuita e universal construindo uma direção revolucionária na Educação. Os principais apontamentos foram: O que é revolução e o que é ser revolucionário. Ser revolucionário é lutar pela destruição do Estado burguês (que atende os interesses da classe dominante), e construir no seu lugar um Estado proletário onde se inicie a abolição das classes. No Estado burguês se propaga a ideologia de conciliação de classes que dificulta os levantes dos trabalhadores na luta pela sua emancipação. A principal ideia disseminada em termos da conciliação de classes é a de que é possível humanizar e melhorar o capitalismo (reformismo), daí decorrem acordos com os patrões, feitos pelas direções que abandonaram a luta revolucionária. Nos sindicatos há uma grande crise de direção para as greves, convulsões políticas e agitações das massas. Os dirigentes da UNE estão no mesmo caminho, pois não organizam os estudantes para luta por uma educação pública, gratuita e para todos. Um exemplo é a defesa do ENEM que exclui milhões de jovens do ensino superior. O FUNDEB é outro engodo do Estado burguês que não amplia a educação e sim, limita verbas para ela. Em contraposição nossa luta pela educação pública, gratuita e para todos reverbera desde a Revolução Francesa. Para que alcancemos nosso objetivo precisamos nos organizar pela base onde atuamos e construir um partido revolucionário, sermos educados tanto na teoria quanto na prática revolucionária.

Iniciamos as intervenções com Péricles falando sobre a situação do Paraná sob o governo de Ratinho Jr. (apoiador de Bolsonaro) e a necessidade de preparar dirigentes para atuar nas direções sindicais que há tempos estão aparelhados e não atendem as causas da categoria.

Na fala de Israel, no estado do Amazonas, ele apresenta a situação dos estudantes que são silenciados pelos diretores e são desencorajados a lutar por uma educação de qualidade. A principal luta deve ser por melhorias e aberturas de mais escolas.

Renata Costa relata a greve de São Paulo – o retorno forçado às aulas presenciais que expõem professores e estudantes ao risco da pandemia. Há colapso na saúde, no sistema funerário. Ela também apontou a necessidade de pôr abaixo o governo Bolsonaro desde já, sem esperar 2022.

Ana Claudia também retrata sobre São Paulo, na cidade de Caieiras. A situação precária mostra a contradição entre o “retorno seguro” e a realidade das escolas públicas, que não possuem condições para manter ninguém seguro da contaminação. Os professores estão se organizando por conta própria para lutar contra essa situação.

Jéssica Stolfi relatou a situação dos estudantes de Joinville -SC diante da falta de organização estudantil e os ataques à educação e o risco da pandemia. O DCE não mobiliza o combate dos estudantes.

Cassio Eduardo ressalta o problema da educação é que no sistema capitalista ela é uma mercadoria e que devemos explicar isso para mostrar como lutar realmente pela educação pública, gratuita e para todos. E fala também da necessidade de organizar a luta pela base.

Elza Dias do litoral de SP fala sobre a situação da juventude que é excluída do ensino superior. E salienta a importância de modificar todo o sistema de ensino que já exclui desde a educação infantil, também da situação de professores que não tem sequer o reconhecimento enquanto professores e que são tidos como “auxiliares”.

Fernando Pessoa convoca todos os participantes para se colocar na luta pela revolução e assim, poder garantir uma educação que almejamos.

Mara Cristina que foi ameaçada de morte por estudantes neonazistas e que temos feito uma campanha em defesa de sua vida desde 2019 também interveio falando da realidade da educação técnica. A educação para as massas é totalmente sucateada enquanto a educação de qualidade vai para elite. E que tudo isso interessa aos tubarões do ensino privado. Ela reforçou que é uma das signatárias da convocatória para o Encontro Nacional de Luta “Abaixo governo Bolsonaro” que será realizado no dia 10 de julho!

Como encerramento Devegilli encaminha a publicação dos relatos apresentados sobre a situação em cada estado e finaliza reforçando a importância de organização e unidade entre estudantes e trabalhadores na luta por uma educação pública, gratuita e para todos.

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