Abaixo a guerra! Abaixo os governos reacionários de Putin e Ucrânia! Abaixo o imperialismo! Fim da OTAN! Trabalhadores do mundo, uni-vos!
A guerra na Ucrânia continua, milhares foram presos na Rússia por se manifestarem contra a guerra, centenas de civis morreram nos ataques e há relatos dolorosos de estupros, ataques a hospitais e aos corredores humanitários e já estamos falando de milhões de refugiados ucranianos.
Os interesses de Putin com a guerra dizem respeito aos problemas políticos e econômicos que a classe dominante russa enfrenta no contexto de acirramento da crise internacional e local. Putin, que governa a Rússia, direta ou indiretamente, desde 1999, nunca foi tão impopular quanto é hoje e se utiliza de afirmações reacionárias como a “criação artificial da Ucrânia pelos Bolcheviques” e a falácia de “desnazificar” a Ucrânia para justificar a invasão. Putin não tem nenhum interesse na defesa dos trabalhadores russos em território ucraniano ou no combate aos grupos de orientação nazista.
Putin pretende o reforço de sua ditadura, sob a bandeira do “combate ao inimigo externo”, paralisando a oposição, prendendo e perseguindo manifestantes contra a guerra como é o caso dos quase 15 mil presos políticos e da manifestante que protestou durante a edição do principal jornal de notícias da Rússia com cartaz escrito “Parem a guerra. Não acreditem na propaganda. Eles estão mentindo.” Ela foi presa. Veículos de comunicação internacionais saíram da Rússia pressionados pelo Kremlin e os que ficaram são controlados pelo governo e não podem usar a palavra “guerra”.
A justificativa de que a Ucrânia na OTAN ameaçaria a Rússia é demagógica. A Rússia atual herdou da ex-URSS um complexo militar que a torna hoje a segunda maior potência militar e nuclear do planeta. Um conflito entre OTAN (controlada pelos EUA) e Rússia levaria a destruição da civilização e não é necessário fronteiras comuns para isso. Além disso, países membros da OTAN ou aliados da OTAN já tem fronteiras comuns com a Rússia.
Os EUA e a OTAN são outra face reacionária dessa guerra. Nos EUA, Biden está metido numa crise econômica e política sem tamanho, a maior inflação dos últimos 40 anos e a derrota para o Talibã, no Afeganistão, enfraqueceram rapidamente seu governo. A popularidade de Biden está em queda. A guerra na Ucrânia interessa ao governo americano para desviar o foco de seus problemas internos e tentar criar um sentimento de unidade nacional contra a inimiga Rússia.
A burguesia imperialista é hipócrita, recriminam agora a invasão russa na Ucrânia, mas realizaram e realizam invasões militares a outros países, roubam riquezas e massacram povos. Eles não têm nenhum problema em promover a guerra, exploram, impulsionam e organizam conflitos militares localizados em diversas regiões do mundo como é o caso da Síria, Afeganistão, Iêmen, Mianmar, Palestina, Etiópia. Utilizam os trabalhadores e a juventude como bucha de canhão para resolver seus problemas econômicos e políticos frente a crise desse sistema podre.
Neste conflito nenhum apoio pode ser dado também ao governo ucraniano de Zelensky, apresentado como um herói pela imprensa ocidental. Este é um governo submisso ao imperialismo americano, que se utiliza de grupos paramilitares nazistas para organizar sua “resistência”. Nessa guerra, não apoiamos nem Putin, nem EUA e nem Zelensky! Nenhum deles está ao lado dos trabalhadores! A guerra em curso atende ainda interesses econômicos tanto da Rússia quanto de EUA e demais países membros da OTAN. A indústria da guerra, o complexo industrial-militar, é parte importante da economia capitalista. Mas estas mercadorias de destruição precisam de guerras para que sejam consumidas, e assim dar continuidade à produção. A guerra interessa a Putin e a Biden para fazer esta indústria girar. Com o início de guerra, a Alemanha, por exemplo, dobrou seus gastos militares, passando de 1,5% para 2,8% do PIB. Já o avanço da OTAN para o leste europeu desde os anos 90, fecha mercados para a indústria armamentista russa e reduz os países sobre os quais exerce influência política e econômica.
Esta é uma guerra reacionária em todos os aspectos. A Liberdade e Luta defende o fim da guerra, e a organização da classe trabalhadora e da juventude, na Rússia e Ucrânia, contra suas próprias burguesias reacionárias. Os jovens e trabalhadores do mundo também devem se organizar contra essa guerra e denunciar, organizar e mobilizar contra o imperialismo em cada país. O mundo é nosso país! Abaixo a guerra! Abaixo os governos reacionários de Putin e Ucrânia! Abaixo o imperialismo! Desmantelamento da OTAN!
O capitalismo está podre. É um sistema que não oferece perspectiva de futuro para a Humanidade. É um sistema que está nos levando para a barbárie, onde a lei do mais forte é a regra e onde os pobres e oprimidos serão cada vez mais massacrados. É um sistema de crise econômica, política e social em que sua decadência se expressa nas guerras e refugiados, na decadência da cultura, na miséria, na proliferação de doenças, na destruição do meio ambiente, no adoecimento mental, na falta de perspectiva.
Mas é possível um novo mundo. É possível acabar com as guerras e com todo esse estado decadente de coisas que estamos vivendo. É possível uma mudança radical que nos proporcione a liberdade e solidariedade entre os povos, uma vida digna e em harmonia com a natureza. Esse novo mundo não está depois da morte! Já existem as condições para alcançá-lo desde já! Por isso, junte-se à Liberdade e Luta e organize-se pela revolução socialista no Brasil e no mundo! Trabalhadores do mundo, uni-vos! Viva a luta internacional dos trabalhadores! Viva a revolução socialista internacional!
Baixe essa nota em versão panfleto!
Leia as declarações da Esquerda Marxista e da Corrente Marxista Internacional:
O que a guerra na Ucrânia revela sobre a política no Brasil
Não à guerra com a Ucrânia! Contra a intervenção militar russa!
A hipocrisia imperialista e a invasão da Ucrânia
Ucrânia: dominação imperialista e luta de classes
O conflito ucraniano: este é o início da Terceira Guerra Mundial?
Ucrânia: declaração sobre o reconhecimento das repúblicas de Donetsk e de Lugansk
Ucrânia: Putin eleva a aposta ao reconhecer as repúblicas de Donbass e enviar tropas