Professora é afastada da escola por falar de Marx

Mesmo em lugares onde a Lei da Mordaça foi derrubada, como é o caso do estado do Paraná, professores são prejudicados quando o debate em sala de aula gera discussões políticas. Foi o que aconteceu hoje com a professora Gabriela, do Colégio Estadual Profª Maria Gai Grendel.

Mesmo em lugares onde a Lei da Mordaça foi derrubada, como é o caso do estado do Paraná, professores são prejudicados quando o debate em sala de aula gera discussões políticas. Foi o que aconteceu hoje com a professora Gabriela, do Colégio Estadual Profª Maria Gai Grendel.

Os alunos produziram na aula de Ciências Sociais uma paródia da música Baile de Favela em que cantam “Os burgueses não moram na favela/ Estão nas empresas explorando a galera/ E os proletários, o salário é uma miséria/ Essa é a mais-valia, vamos acabar com ela”. O vídeo teve 150 mil visualizações nas primeiras 24 horas e virou alvo de ataques de blogs de direita, como o do colunista Rodrigo Constantino.

A direção da escola afastou a professora alegando que ela expôs os alunos ao postar o vídeo e “difamou” a imagem da escola. Imediatamente, os alunos reagiram com a campanha ‪#‎VoltaGabi‬ nas redes sociais, e cerca de 180 alunos protestaram, cantando a paródia no intervalo e divulgando a letra impressa entre os colegas.

A repressão continuou na escola. Funcionários tentavam forçar os alunos a apagarem os registros da manifestação. Três viaturas da Rotam foram até a escola para “manter a ordem”, onde entraram de escopeta em mãos.

A Liberdade e Luta chama toda a juventude a apoiar os alunos do Colégio Estadual Profª Maria Gai Grendel, pela volta imediata da professora Gabriela. Não aceitaremos que nenhum professor seja perseguido.

#VoltaGabi
‪#‎AbaixoALeidaMordaça‬

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