Semana de resistência contra a Reforma da Educação

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ujes1Michel Temer, Beto Richa, a mídia e todos os outros instrumentos da burguesia se esforçam para propagandear a contrarreforma da educação e dizer que são poucas as vozes contrárias a medida provisória. Estudantes e professores por todo o país já provaram o contrário. Na última semana, atingimos o número de mil escolas ocupadas pelo país. Professores e alunos preparam uma greve geral na educação, que já começou em algumas categorias, cidades, estados.

A Liberdade e Luta acompanha e apoia todas as formas de luta contra esse ataque que representará o fim da escola pública (leia mais aqui) e também contra a PEC 241, que precariza ainda mais os serviços públicos, tirando os direitos dos trabalhadores para garantir o pagamento da dívida aos banqueiros.

Em Joinville, Santa Catarina, militantes da Liberdade e Luta organizaram, na terça-feira (18), uma Conversa sobre a Reforma da Educação em conjunto com a Aprudesc, associação dos professores da UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina. Sessenta estudantes e professores da própria universidade, da Univille e de escolas secundaristas participaram da atividade.

udesc1Maritania Camargo, professora de português na Escola Estadual Paulo Medeiros e dirigente da Esquerda Marxista, expôs as consequências da medida provisória à educação pública. O professor Fernando Sasse, do Departamento de Matemática do campus de Ciência e Tecnologia da Udesc e presidente da Aprofej, explicou que se os alunos não tiverem o conteúdo básico que hoje é obrigatório no ensino médio, as chances de chegarem e concluírem o ensino superior serão praticamente nulas.

Para o professor, a humanidade perderá muitos gênios que nascerem no Brasil, pois eles não terão as condições materiais para chegar à universidade e  desenvolver tecnologia. Na verdade, a pífia quantidade de vagas no ensino superior público e gratuito já faz com que essa seja a atual realidade. Nossa luta é para que seja investido todo o dinheiro necessário para garantir vagas para todos nas universidades públicas.

Estudantes e professores das escolas de ensino médio tinham outra importante tarefa na semana que passou: mobilizar e organizar um ato chamado pela UJES – União Joinvillense de Estudantes Secundaristas e apoiado em assembleia pela regional de Joinville do Sindicato dos Trabalhadores em Educação – SINTE-SC. Os estudantes, grêmios e a Ujes que mobilizavam para o ato nas escolas sofreram repressão, sendo barrados pelas direções de várias escolas que, sob às ordens do governo, não respeitam o direito de livre organização estudantil.

Na sexta-feira (21), mais de 400 pessoas estiveram na Praça da Bandeira. Várias escolas paralizaram. Depois das falas, três moções foram aprovadas por unanimidade dos presentes na praça: Repúdio ao governo Michel Temer e o Congresso Nacional que insistem em desmontar a educação, pela retirada imediata da PEC 241 e MP 746 (Reforma da Educação); Repúdio ao governador Raimundo Colombo, que ataca o direito de livre organização do movimento estudantil e tenta antecipar as medidas catastróficas do governo Temer através do secretário Deschamps com a aplicação do decreto 040 e a resolução do fechamento de turmas; Repúdio a Lei da Mordaça, à vereadora Pastora Leia, à comissão de educação e à Câmara de Vereadores. A Ujes não aceita projetos de lei que tentam impedir a livre organização do movimento estudantil e a liberdade de expressão. Além disso, a UJES organizará, em conjunto com os SINTE, assembleias nas escolas. Em seguida, houve uma passeata e entrega de panfletos para a população que circulava pelo centro da cidade.

Ainda na noite de sexta, pais, professores e alunos da EEB Eladir Skibinski organizaram uma assembleia para discutir como resistir ao já anunciado fechamento da escola. Essa assembleia encaminhou um ato no dia 25 de outubro às 16h30, na Praça da Bandeira.

São vários os anúncios de fechamento de turmas, escolas, CEI’s. Os ataques à educação já estão em curso. Nossa tarefa é explicar aos que ainda não sabem, continuar mobilizando e nos manifestando, até a retirada de todas as medidas e projetos que cortam da educação e demais serviços públicos.

Fora Temer e o Congresso Nacional!

Transporte, saúde e educação: Públicos, gratuitos e para todos!

Abaixo a repressão!

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